Resenha do livro Mentirosos - E. Lockhart

Informações técnicas 

Nome: Mentirosos 

Autora: E. Lockhart

Editora: Seguinte

Ano da edição: 2014

Páginas: 271 páginas

Capa do livro.

SINOPSE

“Somos Sinclair.  

Ninguém é carente.

Ninguém erra.  

Vivemos,pelo menos durante o verão,em uma ilha particular.

Talvez isso seja tudo o que você precisa saber a nosso respeito.”

Oiii gente! Pra começar o blog e a minha primeira postagem com chave de ouro, vim falar sobre um livro MAIS QUE ESPETACULAR *insira corações aqui*.

O livro foi lançado lá fora no primeiro semestre do ano passado lá fora com o titulo de “We were liars” e no segundo semestre aqui no país e causou bastante rebuliço quando lançou, e acredito que todos devem ler e tirar suas próprias conclusões, ele é um livro tipo 8 ou 80 sabe? Então aqui está a minha opinião, e vou ressaltar alguns pontos bem interessantes para aqueles que ainda não leram.

A família Sinclair é aquela típica família aristocrata americana. Todos são belos,loiros, altos e sempre com um sorriso no rosto. São tão ricos que tem até uma própria ilha particular, e é lá que a história começa. Somos apresentados aos personagens Cadence – nossa protagonista,seus primos Johny e Mirren e Gat – que é sobrinho do novo marido de uma tia deles,mas logo já faz amizade com as crianças. Tornam-se inseparáveis e sempre passam os verões juntos,até que Cadence,aos 15 anos, sofre um acidente. Mas o detalhe é que: Ela não se lembra de nada do que aconteceu e ficou cheia de sequelas - fortes dores de cabeça,enjoos,sensação de fraqueza constante e até depressão, e por conta disso toma remédios fortíssimos. A menina fica muito tempo afastada da ilha e de seus amigos, agora voltará para o local atrás de respostas.

É só isso que eu posso dizer, mas já adianto que existem tantos temas "escondidos" no livro.  O ponto que a autora toca com maestria é a cobiça – até onde você é capaz de ir por dinheiro? Manipularia sua família para isso? E o consumismo exagerado,você precisa de todo esse luxo para ser feliz? E entre outros questionamentos maravilhosos, que só lendo você conseguira entender. Todos os personagens são muito bem construídos e já ouvi algumas pessoas falarem que o relacionamento entre os personagens não é tão profundo – mas acredito que a autora fez isso de propósito, mostrando ainda mais a desunião daquela família, parecendo que eles eram um pouco mais do que “conhecidos”.  E gostei de todos os personagens,acredito que são únicos e formam um conjunto incrível, e notei que há algo semelhante em cada um deles: São pessoas quase que auto-destrutiveis, todas vivendo com seus demônios,como se fossem bombas relógio prontas para explodir a qualquer momento. Outro ponto espetacular é como conseguimos ficar tão presos na cabeça da principal (e algumas vezes fiquei tão atordoada quanto a Cady – seu apelido  na família.) A autora escreve tão poeticamente que alguns trechos são de encher os olhos de lagrimas.Lockhart também trás recontos de historias de contos de fadas, que foram reescritos pela Cady e  por eles conseguimos entender o que ela está sentindo.  E o final? Mal vou comentar,só digo que nunca pensei naquilo,na hora eu fiquei muito assustada e só. Depois de duas horas, o choro veio. E não parei de chorar por uns dois dias (até obriguei uma amiga a ler também,para ter com quem conversar), todas as lembranças e os temas debatidos,  não tem como você escapar, todos que lerem de alguma forma vão ser marcados por essa narrativa.

Fora tudo isso, a editora fez uma edição maravilhosa, uma capa metalizada contendo a arvore genealógica da família e um mapa da ilha. Páginas amareladas e letras grandes, uma diagramação impecável.                                          

Citações : 

“Aja como uma pessoa normal,ela disse.Agora mesmo. Porque você é. Porque você pode ser”. 

“Você entende, Cady? O silencio é uma camada protetora sobre a dor”. 

“Para os mais velhos da família – minha mãe,as tias, o vovô – o acúmulo de belos objetos é uma meta de vida. Quem morrer com mais coisas ganha. Ganhar o quê? É o que eu gostaria de saber. 

“Seja um pouco mais gentil do que precisa ser, Cady, e tudo vai ficar bem”. 

E só mais um extra, eu não consigo pensar em uma musica melhor do que"Stone Walls"  da banda We the Kings, acho que ela passa muito bem o sentimento do livro e a letra coincide bastante com os acontecimentos. Com certeza minha favorita a trilha sonora caso haja um filme posteriormente!

É isso por hoje gente! Espero que voces tenham gostado,não se esquecam de comentar e até a próxima postagem! 

Assinado Thaís